Prezados Clientes, Acionistas e Colaboradores,
O ano de 2024 foi um período de desafios e conquistas para o nosso Banco. Apesar das incertezas globais, demonstrámos resiliência, inovação e compromisso com o crescimento sustentável.
O cenário geopolítico continua tenso, com a permanência dos conflitos no Médio Oriente e na Ucrânia, além da emergência climática global, que continua a impactar economias em todo o mundo.
No campo político, as eleições nos Estados Unidos da América resultaram numa nova Administração, trazendo mudanças na orientação política e económica do país. A expectativa global está agora focada nos efeitos das novas políticas sobre a economia e a estabilidade internacional.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta uma desaceleração no crescimento económico mundial pelo segundo ano consecutivo, com uma taxa de 3,2% em 2024, em comparação com os 3,3% registados em 2023. Esse desempenho coloca o crescimento num dos níveis mais baixos das últimas décadas, considerando a média de 3,8% entre 2000 e 2019.
Para 2025, as previsões indicam uma recuperação moderada, com um crescimento global estimado em 3,3%, impulsionado pela resiliência da Zona Euro e dos grandes mercados emergentes.
Os principais riscos económicos para 2025 estão relacionados com o aumento das tensões geopolíticas, o crescimento abaixo do esperado na China e nos EUA, a dificuldade na flexibilização da política monetária, caso a inflação persista, bem como com as potenciais mudanças adversas no comércio global.
Em Cabo Verde, apesar do contexto internacional desafiante, os dados das Contas Nacionais Trimestrais do Instituto Nacional de Estatística (INE) demonstram que a economia nacional segue uma trajetória de crescimento. No terceiro trimestre de 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) registou um crescimento de 3,3% em termos homólogos. Para o ano de 2024, o Banco de Cabo Verde prevê um crescimento do PIB de 6,1%, superando os 5,5% registados em 2023.
O ano de 2024 foi igualmente marcado pela continuidade do aumento das taxas de juro de referência do Banco de Cabo Verde. Foram realizados dois aumentos ao longo do ano, seguidos por uma decisão adicional em dezembro, com efeitos a partir de janeiro de 2025 e, já em Fevereiro de 2025 foi anunciado um novo aumento para entrar em vigor em março.
Assim, a Taxa Diretora iniciou 2024 em 1,25% e encerrou o ano em 1,75% (+50 pontos base). Atualmente encontra-se em 2,5% (+50 p.b. em janeiro e +25 p.b. em março), refletindo um ajustamento acelerado da política monetária.
Para 2025, as projeções do BCV indicam uma desaceleração do crescimento do PIB para 5,6% e o FMI, mais conservador, projeta uma taxa de crescimento do PIB de apenas 4,7%. Essa previsão assenta, sobretudo, num menor contributo da procura externa líquida para o crescimento económico, em particular devido à previsão de abrandamento das exportações de serviços de turismo. No entanto, a procura interna continuará a ser um fator fundamental na dinamização da economia.
Perante este panorama, manter um ambiente económico estável e promover medidas que incentivem o crescimento sustentável será essencial para garantir a resiliência da economia em 2025 e nos anos subsequentes.
No contexto referido, em 2024 o BCA continuou a reforçar a sua solidez, com um desempenho muito positivo em todos os indicadores de performance mais relevantes. Os Resultados Líquidos continuaram a crescer a bom ritmo, tendo aumentado 9,2% comparativamente a 2023, ultrapassando, pela primeira vez na história do BCA, a fasquia de 2 milhões de contos (CVE 2.105.535.964).
O crescimento dos Resultados Líquidos foi alicerçado essencialmente na evolução do Produto Bancário (+8,1%), destacando-se o crescimento da Margem Complementar em 22%, e ainda da Margem Financeira que cresceu 4,8%.
Os Custos Operativos registaram um ligeiro acréscimo, inferior a 1%, o que impactou positivamente na eficiência do Banco, com o rácio de Cost-to-income a diminuir quase dois pontos percentuais, fixando-se em 48,7%.
Num contexto de melhoria contínua dos indicadores de qualidade do crédito, a evolução favorável do Resultado Líquido beneficiou também da redução das Imparidades e Provisões líquidas de cerca de 42 mil contos.
A carteira de Crédito Normal cresceu 4,2%, cerca de 1.514 mil contos, concentrado essencialmente no segmento dos particulares, que cresceu 5%, cerca de 1.162 mil contos, com destaque para o Crédito à Habitação.
O Crédito Vencido manteve a trajetória descendente, já verificada em 2023, com uma redução de 14,3%, correspondente a cerca de menos 342 mil contos. O rácio de crédito vencido passou de 6,2% em 2023, para 5,1% em 2024.
O BCA continuou a reforçar a sua muito boa situação de liquidez, registando um crescimento da carteira de depósitos de clientes de 2,3%.
O rácio de rentabilidade dos Capitais Próprios (ROE) manteve-se num patamar elevado e aumentou de 18,5% em 2023, para 19% em 2024.
Com o volume de Capitais Próprios a ultrapassar, pela primeira vez, os 11 milhões de contos, o rácio de solvabilidade aumentou para quase 30%, permitindo ao BCA consolidar uma posição de capital muito robusta.
Para além dos Resultados Financeiros, consideramos ainda de destacar os avanços conseguidos na digitalização e nos serviços financeiros que promovem um crescimento sustentável e acessível. Estes progressos resultam de um foco cada vez maior na transformação digital e inovação que vão continuar a estar na primeira linha de preocupações nos próximos anos.
O reforço do compromisso com a inovação tecnológica, incluindo novas soluções digitais, será fundamental para continuarmos a melhorar a experiência do cliente e a contribuir para o necessário processo de modernização dos serviços bancários em Cabo Verde.
Por outro lado, e considerando os riscos e desafios resultados da crescente digitalização dos processos e na relação com os clientes, vamos continuar a investir na segurança digital e na cibersegurança, como prioridades para proteger os clientes e garantir a confiança no sistema financeiro.
Em 2024 incluímos a Sustentabilidade como um dos Pilares do Plano Estratégico do Banco, reforçando o compromisso do BCA com a Sustentabilidade e a Responsabilidade Social.
Entendemos que uma gestão prudente dos riscos e uma perspetiva estratégica de longo prazo são determinantes para permitir enfrentar incertezas e continuar a criar valor para todos os nossos Stakeholders.
Os nossos colaboradores assumem um papel fundamental no sucesso do Banco e por isso, temos vindo progressivamente a reforçar o investimento no desenvolvimento o talento do nosso capital humano, com base na formação contínua e no fortalecimento da nossa cultura corporativa, cada vez mais, orientada pelos nossos princípios e valores.
Gostaríamos de expressar a nossa gratidão aos clientes pela preferência com que nos distinguem, assumindo o compromisso de que iremos continuar a trabalhar para melhorar a sua experiência, tendo em vista corresponder e surpreender os nossos clientes com uma aposta no serviço de qualidade, diferenciação e adequação das nossas propostas de valor, consolidando um relacionamento de confiança e reforçando a missão do Banco de servir a economia e a sociedade.
O nosso sucesso deve-se, em grande parte, ao talento e dedicação dos nossos colaboradores, bem como à confiança dos nossos clientes e acionistas. Estamos comprometidos em continuar a oferecer soluções financeiras robustas e inovadoras.
Apesar dos desafios, olhamos para 2025 com otimismo e determinação, certos de que, juntos, continuaremos a construir um Banco sólido, sustentável e alinhado com as melhores práticas do setor bancário.
Francisco Santos Silva Manuela Ferreira
Presidente da CE Presidente do CA
O ano de 2024 foi um período de desafios e conquistas para o nosso Banco. Apesar das incertezas globais, demonstrámos resiliência, inovação e compromisso com o crescimento sustentável.
O cenário geopolítico continua tenso, com a permanência dos conflitos no Médio Oriente e na Ucrânia, além da emergência climática global, que continua a impactar economias em todo o mundo.
No campo político, as eleições nos Estados Unidos da América resultaram numa nova Administração, trazendo mudanças na orientação política e económica do país. A expectativa global está agora focada nos efeitos das novas políticas sobre a economia e a estabilidade internacional.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta uma desaceleração no crescimento económico mundial pelo segundo ano consecutivo, com uma taxa de 3,2% em 2024, em comparação com os 3,3% registados em 2023. Esse desempenho coloca o crescimento num dos níveis mais baixos das últimas décadas, considerando a média de 3,8% entre 2000 e 2019.
Para 2025, as previsões indicam uma recuperação moderada, com um crescimento global estimado em 3,3%, impulsionado pela resiliência da Zona Euro e dos grandes mercados emergentes.
Os principais riscos económicos para 2025 estão relacionados com o aumento das tensões geopolíticas, o crescimento abaixo do esperado na China e nos EUA, a dificuldade na flexibilização da política monetária, caso a inflação persista, bem como com as potenciais mudanças adversas no comércio global.
Em Cabo Verde, apesar do contexto internacional desafiante, os dados das Contas Nacionais Trimestrais do Instituto Nacional de Estatística (INE) demonstram que a economia nacional segue uma trajetória de crescimento. No terceiro trimestre de 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) registou um crescimento de 3,3% em termos homólogos. Para o ano de 2024, o Banco de Cabo Verde prevê um crescimento do PIB de 6,1%, superando os 5,5% registados em 2023.
O ano de 2024 foi igualmente marcado pela continuidade do aumento das taxas de juro de referência do Banco de Cabo Verde. Foram realizados dois aumentos ao longo do ano, seguidos por uma decisão adicional em dezembro, com efeitos a partir de janeiro de 2025 e, já em Fevereiro de 2025 foi anunciado um novo aumento para entrar em vigor em março.
Assim, a Taxa Diretora iniciou 2024 em 1,25% e encerrou o ano em 1,75% (+50 pontos base). Atualmente encontra-se em 2,5% (+50 p.b. em janeiro e +25 p.b. em março), refletindo um ajustamento acelerado da política monetária.
Para 2025, as projeções do BCV indicam uma desaceleração do crescimento do PIB para 5,6% e o FMI, mais conservador, projeta uma taxa de crescimento do PIB de apenas 4,7%. Essa previsão assenta, sobretudo, num menor contributo da procura externa líquida para o crescimento económico, em particular devido à previsão de abrandamento das exportações de serviços de turismo. No entanto, a procura interna continuará a ser um fator fundamental na dinamização da economia.
Perante este panorama, manter um ambiente económico estável e promover medidas que incentivem o crescimento sustentável será essencial para garantir a resiliência da economia em 2025 e nos anos subsequentes.
No contexto referido, em 2024 o BCA continuou a reforçar a sua solidez, com um desempenho muito positivo em todos os indicadores de performance mais relevantes. Os Resultados Líquidos continuaram a crescer a bom ritmo, tendo aumentado 9,2% comparativamente a 2023, ultrapassando, pela primeira vez na história do BCA, a fasquia de 2 milhões de contos (CVE 2.105.535.964).
O crescimento dos Resultados Líquidos foi alicerçado essencialmente na evolução do Produto Bancário (+8,1%), destacando-se o crescimento da Margem Complementar em 22%, e ainda da Margem Financeira que cresceu 4,8%.
Os Custos Operativos registaram um ligeiro acréscimo, inferior a 1%, o que impactou positivamente na eficiência do Banco, com o rácio de Cost-to-income a diminuir quase dois pontos percentuais, fixando-se em 48,7%.
Num contexto de melhoria contínua dos indicadores de qualidade do crédito, a evolução favorável do Resultado Líquido beneficiou também da redução das Imparidades e Provisões líquidas de cerca de 42 mil contos.
A carteira de Crédito Normal cresceu 4,2%, cerca de 1.514 mil contos, concentrado essencialmente no segmento dos particulares, que cresceu 5%, cerca de 1.162 mil contos, com destaque para o Crédito à Habitação.
O Crédito Vencido manteve a trajetória descendente, já verificada em 2023, com uma redução de 14,3%, correspondente a cerca de menos 342 mil contos. O rácio de crédito vencido passou de 6,2% em 2023, para 5,1% em 2024.
O BCA continuou a reforçar a sua muito boa situação de liquidez, registando um crescimento da carteira de depósitos de clientes de 2,3%.
O rácio de rentabilidade dos Capitais Próprios (ROE) manteve-se num patamar elevado e aumentou de 18,5% em 2023, para 19% em 2024.
Com o volume de Capitais Próprios a ultrapassar, pela primeira vez, os 11 milhões de contos, o rácio de solvabilidade aumentou para quase 30%, permitindo ao BCA consolidar uma posição de capital muito robusta.
Para além dos Resultados Financeiros, consideramos ainda de destacar os avanços conseguidos na digitalização e nos serviços financeiros que promovem um crescimento sustentável e acessível. Estes progressos resultam de um foco cada vez maior na transformação digital e inovação que vão continuar a estar na primeira linha de preocupações nos próximos anos.
O reforço do compromisso com a inovação tecnológica, incluindo novas soluções digitais, será fundamental para continuarmos a melhorar a experiência do cliente e a contribuir para o necessário processo de modernização dos serviços bancários em Cabo Verde.
Por outro lado, e considerando os riscos e desafios resultados da crescente digitalização dos processos e na relação com os clientes, vamos continuar a investir na segurança digital e na cibersegurança, como prioridades para proteger os clientes e garantir a confiança no sistema financeiro.
Em 2024 incluímos a Sustentabilidade como um dos Pilares do Plano Estratégico do Banco, reforçando o compromisso do BCA com a Sustentabilidade e a Responsabilidade Social.
Entendemos que uma gestão prudente dos riscos e uma perspetiva estratégica de longo prazo são determinantes para permitir enfrentar incertezas e continuar a criar valor para todos os nossos Stakeholders.
Os nossos colaboradores assumem um papel fundamental no sucesso do Banco e por isso, temos vindo progressivamente a reforçar o investimento no desenvolvimento o talento do nosso capital humano, com base na formação contínua e no fortalecimento da nossa cultura corporativa, cada vez mais, orientada pelos nossos princípios e valores.
Gostaríamos de expressar a nossa gratidão aos clientes pela preferência com que nos distinguem, assumindo o compromisso de que iremos continuar a trabalhar para melhorar a sua experiência, tendo em vista corresponder e surpreender os nossos clientes com uma aposta no serviço de qualidade, diferenciação e adequação das nossas propostas de valor, consolidando um relacionamento de confiança e reforçando a missão do Banco de servir a economia e a sociedade.
O nosso sucesso deve-se, em grande parte, ao talento e dedicação dos nossos colaboradores, bem como à confiança dos nossos clientes e acionistas. Estamos comprometidos em continuar a oferecer soluções financeiras robustas e inovadoras.
Apesar dos desafios, olhamos para 2025 com otimismo e determinação, certos de que, juntos, continuaremos a construir um Banco sólido, sustentável e alinhado com as melhores práticas do setor bancário.
Francisco Santos Silva Manuela Ferreira
Presidente da CE Presidente do CA